22.09.2012 às 00h47 > Atualizado em 21.09.2012 às 23h28
Prefeitura terá que substituir os médicos terceirizados
STF manda Município do Rio convocar concurso público na área da Saúde para preencher pelo menos três mil vagas
POR ALESSANDRA HORTO
A maioria dos médicos terceirizados atua em Clínicas de Família e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) | Foto: Márcio Mercante / Agência O Dia
A ação foi uma iniciativa do Sindicato dos Médicos do Rio. Presidente da entidade, Jorge Darze disse que a prefeitura tem 9.306 profissionais contratados e 25 mil estatutários.
“O Supremo reconheceu a ilegalidade no processo de contratação de profissionais da Saúde que feito pela Prefeitura do Rio. O município será obrigado a substituir a mão de obra terceirizada. É uma vitória contra a privatização e um marco na história da luta em defesa do funcionalismo público”, diz Darze.
Na sentença, o relator do agravo regimental, ministro Cezar Peluso, então presidente do Supremo, destacou que “os cargos inerentes aos serviços de saúde, prestados dentro de órgãos públicos, por ter a característica de permanência e ser de natureza previsível, devem ser atribuídos a servidores admitidos por concurso público, pena de desvirtuamento dos comandos constitucionais referidos”.
Só em caráter excepcional
“Os salários oferecidos pelo regime estatutário são baixos e os pagos pelas OS são altos. O concurso é pouco atrativo porque o médico sabe que poderá trabalhar em um mesmo local com um colega que vai receber mais do que o dobro. Na última seleção, de 750 aprovados para 1.700 vagas, 70% desistiram de continuar durante o processo. É imprescindível oferecer salários maiores”, defendeu Darze.
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